Kinesio Tape é eficaz?



A Kinesio Tape (ou fita cinesiológica) e suas variações, são fitas adesivas elásticas utilizadas por atletas ou não-atletas com diversos objetivos relacionados ao tratamento e “prevenção” de lesões. Seu fundador e inventor Kenzo Kase, propôs diversos benefícios da utilização da Kinesio Tape, como: fornecer estímulo posicional através da pele; alinhar as fáscias; criar mais espaço levantando a fáscia e o tecido mole acima da área de dor / inflamação; fornecer estímulo sensorial para auxiliar ou limitar o movimento; e auxiliar na redução de edemas.

A utilização da Kinesio Tape ganhou interesse internacional entre os atletas a partir das Olímpiadas de Pequim em 2008, onde participantes do mundo todo foram televisionados utilizando-a (1). No ambiente esportivo elas são usadas por uma variedade de razões incluindo, aumentar o fluxo sanguíneo, reduzir a dor, prevenir lesões, facilitar a recuperação, aumentar a amplitude de movimento ou a flexibilidade, aumentar a força e ajudar na estabilidade e melhorar varias outras medidas de desempenho atlético (2). De acordo com Nunes et al. (3), apesar da publicidade e uso por atletas em larga escala há evidências limitadas que apoiem a utilização da Kinesio Tape para estas razões. A maior parte da validação para o uso de Kinesio Tape é através do endossamento e testemunhos encontrados na internet (1).

Algumas meta-análises e revisões sistemáticas tem mostrado que não há eficácia na utilização de Kinesio Tape para melhora do desempenho(2), prevenção de lesões esportivas (4), lesões musculares (5), dor (6–9) e propriocepção (10).

Apesar dessa não eficácia apresentada por estes estudos de revisão, o que outros estudos experimentais dizem a respeito?

Prevenção de Lesões e Propriocepção

Alguns estudos foram publicados buscando analisar a efetividade do uso de Kinesio Tape em fatores como funcionalidade, estabilidade e propriocepção em diferentes indivíduos. Fatores estes que de acordo com os autores são importantes em relação à prevenção de lesões (11–16).

Estudos que realizaram o taping no tornozelo (12,13,17) verificaram que não houve diferença significativa entre situações de utilização da fita, placebo (fita “falsa”), ou a não utilização da fita em scores de estabilidade. Em relação a estabilidade e controle postural, o estudo de Inglés et al.(11) verificou que em atletas de futebol, quando comparado o uso da fita, placebo e exercícios de estabilidade estática e dinâmica, a utilização da fita isolada não traz nenhum benefício nestes fatores, sendo que o uso de exercícios de estabilidade com função de melhorar a força e a coordenação foram capazes de melhorar a estabilidade avaliada através do teste SEBT (Star Excursion Balance Test).

Em outro estudo realizado por Zulfikri & Justine(14), em indivíduos recreativamente ativos, foi verificado também a estabilidade através do teste SEBT, sendo nesse caso a utilização do taping em músculos mais próximos ao joelho. Neste estudo foi possível observar que após um protocolo agudo para causar fadiga, o grupo que utilizou a fita teve melhores scores de estabilidade comparado a quem não utilizou.

Em relação a lesões mais características de membros superiores (ombro principalmente), Zanca et al.(16) verificaram que, em atletas, os efeitos da fadiga muscular na cinemática escapular não causou alteração em condições de uso da fita, placebo, ou o não uso. E que apesar de serem encontradas algumas mudanças na cinemática com a fadiga, elas eram baixas ou não eram relevantes, concluindo que em atletas saudáveis parece ocorrer um mecanismo de adaptação que evitam padrões de movimento indesejados quando em fadiga muscular. Dessa forma, estes atletas do estudo não se beneficiaram da utilização da Kinesio Tape.

Williams et al.(18) verificaram que em atletas de basquete, em tarefas com mudança brusca de direção, o uso da fita no tornozelo teve pouco ou nenhum impacto em reduzir entorses e pode ter um efeito potencialmente negativo para lesões no joelho, apesar de que em tarefas como o rebote no basquetebol, demostrou diminuição dos fatores de risco associados ao entorse no tornozelo devido a restrição da amplitude de movimento.

Dor

Em relação a dor crônica muscular, estudos com ensaios randomizados controlados tem demonstrado que existe uma redução na dor em indivíduos utilizando Kinesio Tape, porém sem diferenças relevantes quando comparado a utilização de fita “falsa”, ou seja, um efeito placebo (15,19).

No estudo de Al-Shareef et al. (19) 42 pacientes com dor lombar crônica não específica foram divididos em grupo experimental e grupo placebo. Foram realizadas as intervenções com a aplicação da Kinesio Tape na musculatura eretora da coluna e avaliados os scores de dor, amplitude de movimento e capacidade funcional antes, durante e após 4 semanas. Os resultados demonstraram que houve melhora de todos os quesitos avaliados, porém sem relevância comparado ao grupo que realizou placebo. Os autores justificam que o efeito placebo derivado da expectativa dos participantes em relação ao tratamento, pode ser uma explicação possível para o alívio da dor.

De acordo com Lu et al. (20), em uma meta-análise de ensaios randomizados controlados, mostraram que para indivíduos apresentando quadro de osteoartrite no joelho a utilização da fita se mostrou efetiva em melhorar o quadro de dor e de função (amplitude de movimento). A análise contou com 5 estudos, totalizando 308 indivíduos, com idades médias de 51 a 70 anos, e duração dos estudso de 1 a 6 semanas. Apesar disso os autores reforçam que devido à baixa qualidade das evidências, esses achados devem ser tratados com cuidado.

Quando comparado com a realização de exercícios e terapia manual, Estudos tem demonstrado que o a fita não produz efeito benéfico adicional para a dor quando os pacientes recebem tratamento através de terapia manual e exercício. Added et al.(21) acompanharam 148 pacientes com dor lombar crônica não específica e realizaram intervenção de 10 sessões de fisioterapia (2x por semana) consistindo de exercício e terapia manual, sendo um grupo com e outro sem a implementação da Kinesio Tape aplicada na região lombar. Os resultados finais demonstraram que não houve diferença entre os grupos após 5 semanas, 3 e 6 meses. Os autores concluiram que o uso da fita junto ao programa de fisioterapia não trouxe nenhum efeito adicional em relação aos níveis de dor.

Desempenho

Lee & Lim(15), dividiram 44 homens saudáveis (sem lesões), fisicamente ativos, em 3 grupos: Fita Dupla, Fita Simples e Placebo. A aplicação da fita foi realizada nos músculos da panturrilha e no reto femoral, aplicado o protocolo de exercícios e então avaliado o efeito das intervenções de forma aguda sobre o desempenho de saltos e dor após fadiga muscular causada por exercício. O protocolo de fadiga muscular foi composto por exercício para panturrilha e agachamento, sendo 5 séries de 20 repetições cada. Os participantes realizaram o protocolo até atingirem a escala de esforço percebida de 8 em 10 (Escala de Borg), em seguida, foram solicitados a continuar até que estivessem totalmente exaustos. Não ocorreram diferenças significativas entre os grupos em relação a dor subjetiva e nem na melhora do desempenho dos saltos. Os autores justificam que o uso da Kinesio Tape pode não ser suficiente para estimular as fibras não-nociceptivas.

Outros estudos também entram em concordância sobre não ocorrer melhoras do desempenho com a utilização da Kinesio Tape (22–26). Reneker et al.(2) em uma revisão sistemática buscou estudos que avaliassem o efeito da utilização da Kinesio Tape sobre a melhora do desempenho de atividades como saltos, corrida de longa distância, ciclismo, equilíbrio dinâmico, desempenho no agachamento, agilidade entre outros. Foi concluído pelos autores que a utilização de fita não causou melhora do desempenho, e que apesar dos resultados apresentados, ainda existe um potencial da fita melhorar o desempenho esportivo se o atleta acreditar nos benefícios da sua utilização, sendo isso devido a uma série de mecanismos incluindo o benefício psicológico se o atleta já experimentou desempenho positivo enquanto usava a Kinesio Tape (27).

Conclusão

Em relação a prevenção de lesões, o uso da Kinesio Tape, de acordo com os estudos supra-citados, não parece trazer benefício adicional em situações onde os indivíduos são treinados ou atletas. Outro fator importante a ser levado em consideração é que as razões pelas quais ocorrem lesões são multifatorais, não podendo apenas adotar uma variável, como no caso a propriocepção, como único fator de risco associado. Força, flexibilidade, potência aeróbia, velocidade, gênero, histórico, posição e função do atleta também devem ser considerados (28).

Além que, estudos comparando a efetividade do treinamento de força com o proprioceptivo demonstraram que o treinamento de força é mais eficaz na redução do risco de lesões (29,30), assim como também foi demonstrado que atletas mais fortes ou mais condicionados apresentam maior tolerância as cargas de treinamento e assim apresentando menor risco de sofrer uma lesão (31,32).

De maneira geral, os autores entram em consenso sobre a baixa qualidade de evidência dos estudos, pela dificuldade em padronização dos protocolos, diferente população amostral, as diferentes técnicas e locais de aplicação, assim como o nível de tensão aplicada, levam a diferentes resultados apresentados nos estudos. Mesmo assim, estudos de maior qualidade de evidência como os ensaios randomizados controlados, apresentam evidências de que a utilização da Kinesio Tape não traz benefícios adicionais tanto no desempenho, quanto na prevenção de lesões.

Em relação a dor, os estudos demonstram que existe sim um benefício. Porém quando comparado a utilização da fita, com o placebo, os resultados são praticamente os mesmos. Dessa forma podendo ser levado em consideração o fator psicológico em relação as respostas na dor.

Outros fatores intrínsecos e extrínsecos também devem ser levados em consideração, dentro do contexto individual, ambiental e sociocultural, que de acordo com Bolling et al. (33), ainda faltam muitas peças para preencher o quebra-cabeça devido ao entendimento limitado da complexidade do contexto esportivo em que ocorre uma lesão.

Referências

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