Ginástica Laboral reduz atestados em pelo menos 50%



Com o avanço da tecnologia as pessoas vêm se tornando cada vez mais sedentárias. Sabemos que o comportamento sedentário aumenta os riscos de doenças que limitam o movimento (1, 2), além de elevar o risco de morte por todas as causas (3). Sendo assim, longos períodos de tempo sentado em frente à TV ou computador podem prejudicar o rendimento, produtividade e frequência/assiduidade no trabalho ou em simples tarefas diárias. Mas há uma solução que pode ajudar colaboradores e empresas. A Ginástica Laboral reduz atestados e melhora a produtividade. Vamos conferir o que a ciência tem a nos dizer.

Benefícios da Ginástica Laboral

Vários estudos científicos indicam que reduzir o comportamento sedentário e praticar Ginástica Laboral ou Atividade Física no ambiente de trabalho pode reduzir dores, distúrbios osteoarticulares  (5 – 8) e diminuição significativa de 51,52% em atestados médicos (9). Isso mesmo, a Ginástica Laboral reduz atestados. Outras melhorias significativas foram encontradas no humor, diminuição de estresse, na calma, felicidade e produtividade, em um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido (10).

Além de reservar alguns minutinhos do tempo de trabalho para fazer uma ginástica laboral, é importante reduzir o comportamento sedentário. Ficar em pé de vez em quando, caminhar até a mesa do colega para dar uma informação ao invés de mandar um e-mail, levantar para beber água, ou usar as escadas ao invés do elevador, pode fazer uma grande diferença para a saúde (11).

Saiba o mínimo para não ser sedentário

Perda de tempo ou investimento?

Estamos vivendo uma epidemia de obesidade sem precedentes, causada pelo sedentarismo e má alimentação. No Brasil a obesidade cresceu 60% em 12 anos. Quase 20% da população brasileira está obesa (12). Será que não vale a pena “perder” 10 minutinhos do trabalho, mas melhorar a saúde, a produtividade e até o humor para quem fica o dia inteiro na frente do computador? Pra quem é patrão, que tal diminuir o número de atestados médicos pela metade, melhorar seus resultados e de quebra ainda dar mais saúde para as pessoas que o cercam boa parte do dia? Seria perda de tempo ou um investimento? Nossa saúde é nosso bem mais valioso, então bora se mexer! E não deixe ninguém te enganar!

Referências

1. Brach JS, FitzGerald S, Newman AB, et al. Physical activity and functional status in community-dwelling older women: a 14-year prospective study. Arch Intern Med. 2003;163:2565–2571.

2. Morie M, Reid KF, Miciek R, et al. Habitual physical activity levels are associated with performance in measures of physical function and mobility in older men. Journal of the American Geriatrics Society. 2010;58:1727–1733.

3. American College of Sports Medicine, Deborah Riebe, Jonathan K. Ehrman, Gary Liguori, and Meir Magal. 2018. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription.

5. de Freitas-Swerts, F. C., & Robazzi, M. L. (2014). The effects of compensatory workplace exercises to reduce work-related stress and musculoskeletal pain. Revista latino-americana de enfermagem, 22(4), 629-36.

6. Maysa Venturoso Gongora Buckeridge Serra, Paula Rezende Camargo, José Eduardo Zaia, Maria Georgina Marques Tonello & Paulo Roberto Veiga Quemelo (2018) Effects of physical exercise on musculoskeletal disorders, stress and quality of life in workers, International Journal of Occupational Safety and Ergonomics, 24:1, 62-67, DOI: 10.1080/10803548.2016.1234132.

7. Jakobsen MD, Sundstrup E, Brandt M, Jay K, Aagaard P, Andersen LL. Effect of workplace- versus home-based physical exercise on musculoskeletal pain among healthcare workers: a cluster randomized controlled trial. Scand J Work Environ Health. 2015;41(2):153–63. doi:10.5271/sjweh.3479.

8. Moreira-Silva, I., Teixeira, P. M., Santos, R., Abreu, S., Moreira, C., & Mota, J. (2016). The Effects of Workplace Physical Activity Programs on Musculoskeletal Pain: A Systematic Review and Meta-Analysis. Workplace Health & Safety, 64(5), 210–222. https://doi.org/10.1177/2165079916629688.

9. Cunha Laux, Rafael, Pagliari, Paulo, Viannei Effting Junior, João, & Corazza, Sara Teresinha. (2016). Programa de Ginástica Laboral e a Redução de Atestados Médicos. Ciencia & trabajo, 18(56), 130-133. https://dx.doi.org/10.4067/S0718-24492016000200009.

10. J.C. Coulson, J. McKenna, M. Field, (2008) “Exercising at work and self‐reported work performance”, International Journal of Workplace Health Management, Vol. 1 Issue: 3, pp.176-197, https://doi.org/10.1108/17538350810926534.

11.  Len Kravitz, Ph.D. and Chantal A. Vella, Ph.D. ACSM Information. Reducing Sedentary Behavior – Sitting Less Moving More. Disponível em: https://www.acsm.org/docs/default-source/files-for-resource-library/reducing-sedentary-behaviors-sit-less-and-move-more.pdf?sfvrsn=4da95909_2.

12. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2017: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2017 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2017_vigilancia_fatores_riscos.pdf.

Leave a Reply