A periodização (veja a matéria introdutória e explicativa aqui) para esportes coletivos tem algumas peculiaridades como: tamanho da temporada; múltiplos objetivos de treinamento; interações entre o treino de condicionamento físico; dificuldades de tempo pelo treino concorrente técnico e tático; estresse físico e emocional gerado pelos jogos e diferentes funções táticas e técnicas dentro do mesmo grupo, (1–5).
Buscar o equilíbrio entre o desenvolvimento e controle dos componentes do jogo exige muita sensibilidade do técnico, controlando os objetivos de cada sessão de treino, onde por exemplo caso seja feito o condicionamento físico logo antes do treino técnico, isso poderá comprometer a qualidade da parte técnica (6).
O elevado número de jogos na semana, gera um estresse, que pode ser negativo para os atletas, aumentando a chance de lesão, diminuindo o rendimento além de toda a pressão emocional gerada pelos jogos, onde nesse período a intensidade dos treinos deve ser menor para promover a recuperação e melhor desempenho nos jogos, porém não deve ser muito baixa, ou a equipe perderá desempenho (7–10).
Outra tarefa que demanda muita dificuldade, é o controle das cargas no treinamento e jogos, pois as modalidades coletivas não têm resultados quantitativos como tempo e peso levantado, a carga é muito subjetiva e varia de indivíduo para individuo (11–13).
A percepção subjetiva de esforço (PSE), que é uma escala que o atleta relata uma intensidade percebida de 0 a 10 (0 praticamente sem intensidade e 10 intensidade máxima), parece ser um bom indicador de intensidade do exercício nas modalidades coletivas(1,2,9,12,14,15) e tem boas correlações com marcadores fisiológicos como a frequência cardíaca entre outros (16,17) sendo um método simples que pode ser aplicado por todos os técnicos no âmbito prático (18).
Outro meio de controle é a contagem de fundamentos executados pelo jogador ao longo do treino e/ou partida (19), onde cada fundamento pode ser dividido por intensidade, como no voleibol, onde os movimentos que possuem saltos são os de maior intensidade (20). Porém para o controle destas características ao longo do jogo/treino seriam necessários tecnologias como aparelhos GPS, acelerômetros entre outros, dificultando sua aplicação (1).
Quase não existem estudos, que buscaram controlar e periodizar a performance técnica e tática de modalidades esportivas, onde aparentemente nos estudos sobre a periodização este conteúdo é praticamente esquecido (21–24). Porém a técnica e tática devem ser planejadas, pois são determinantes do sucesso nas modalidades coletivas (25–28). Onde no treinamento o técnico deverá estimular as situações encontradas no jogo, assim como potencializar aas repetições para que favoreça o desenvolvimento técnico e tático (29,30).
Na pré-temporada (fase sem competições) deve ser dado a ênfase no desenvolvimento das capacidades técnicas, táticas, físicos e psicológicas em sua máxima forma, potencializando as repetições, e no momento das competições devem ser mantida essa máxima performance, assim como buscar um desenvolvimento através do número de jogos ao longo da temporada, sendo o treinamento marcado principalmente pela especificidade (treino parecido com o jogo) (31–33).
Existem poucos modelos de periodização especificos para esportes coletivos (31,34,35). Sendo assim, cabe aos técnicos a capacidade de absorver o conteúdo que foi criado originalmente para esportes individuais e adaptar à realidade dos esportes coletivos para que se alcance o sucesso.
Sendo assim, não deixa ninguém te enganar e fique ligado nas nossas redes sociais e no site, para não perder as próximas matérias relacionadas a periodização entre outras!
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