Do NOT be an annoying parent!



In this article, we will address how parents can really be “annoying” and disrupt their children’s sports life. Therefore, we will review articles that address how parents should behave in relation to their children’s sporting life. Handling situations in competitions, such as when the child plays well or not, and also in training and others. This article will be separated into two parts. In this first one, we will talk about the perception of athletes about their parents’ behavior before and during competitions.

The importance of parents in their kids sport life

Parents are naturally a determining factor in their children’s sports careers, especially during early stages of training. However, the involvement of parents should be moderate, both extremes (little or hyper involvement) can hinder the child’s development in sports, leading to decreased motivation, decreased perception of competence, increased anxiety, and diminished interest in physical activity, among others (1,2). We will explore further what attitudes make this involvement positive or negative in the sports life of athletes.

Athletes’ perception of their parent’s behavior

Knight and colleagues (2011) interviewed 36 adolescent (mean age 13.5 years) female team sports athletes. Athletes talked about what parent attitudes they liked most or least in three moments: Before competitions, during competitions and after competitions (3). We will briefly describe the findings according to each moment below.

Before competitions

Helping the athletes to get ready for the competition (30 athletes raised this topic)

Athletes commented that they like and think it’s important when parents help with the organization before the game, for example, encouraging them to drink water and providing healthy meals. In addition to helping with the logistics, ensuring that everything is in order (game gears, food, etc.) and both (parent and son) can arrive at the competition on time in a smooth way.

This preparation before the game is essential for the athlete to arrive with a good state of mind in the match. Parents are crucial in this process, for example, many times, parents are responsible for taking the athlete to the matches, so there must be a commitment on the part of the parents to help and be on time.

Understanding how athletes need to be mentally prepared before a game (33 athletes raised this topic)

Unlike physical preparation, where the responses were more similar, for mental preparation before the game, the athletes’ responses varied more. For example, some athletes reported that they don’t like their parents arguing about performance before the match, one athlete said: “I don’t want to be nervous before the game, and if she (mother) starts telling me what to do in the game and stuff, I start to get a little nervous, so we don’t talk about it before the game.” The athletes commented that they like it when their parents say positive and calm things, consequently motivating them for the game.

Often parents, hoping to help, end up increasing the athletes’ anxiety and nervousness, so for mental preparation, the most important thing is dialogue. Parents should ask their kids what they should do before the game to help. Often some comments before the game can simply destroy the athlete’s performance in that game. Comments referring to previous games where the athlete played poorly should be avoided, or even any other type of pressure. Athletes are already pressured by themselves, parents at this moment should support the athlete and make them understand that the most important thing is giving their best at all times.

During Competition

This is larger topic and the authors splitted it up into WHAT TO DO and WHAT NOT TO DO. We will follow the same logic below.

What to DO

Encouraging the whole team (36 athletes)

Todas as atletas relataram que quando os pais incentivam o time inteiro é algo muito positivo. Uma das atletas falou: “Quando meus pais incentivam todo o time parece que eles não está lá apenas pra me assistir, mas que estão apreciando o time todo”.

É algo simples, mas os atletas têm total consciência quando os pais entendem que não é apenas, sobre torcer para seu filho, e isso de certa maneira alivia um pouco a pressão que os atletas poderiam colocar em si próprios de “Eu tenho que render por quê meu pai está aqui apenas para me ver rendendo”.

Focar no esforço e não no resultado (36 atletas)

Uma das atletas que sempre se sentia pressionada pelo pai relatou: “As vezes, meu pai não me dá muito suporte, e isso me faz não querer ir pro meu esporte… Ele sempre fala, ah você poderia ter feito isso, você deveria ter feito melhor…”

Esse é um conceito que provavelmente a maioria das pessoas sabem, mas que muitas vezes não se coloca em prática. O atleta não tem controle sobre o resultado da partida, então não faz sentido ficar cobrando apenas o resultado. Porém o esforço, é algo que a gente consegue controlar, então os pais devem focar nessas coisas controláveis, como esforço, atenção, ajudar a equipe etc. Claro que o resultado é importante, mas isso é uma consequência de todo o processo e os pais devem frisar isso.

Interagir positivamente com os atletas durante o jogo (34 atletas)

As atletas relataram que se sentem muito mal quando os pais falam coisas negativas durante o jogo, por exemplo um atleta disse: “As vezes os pais ficam irritados, e começam a gritar e dizer coisas do tipo, Não faz isso, ou faz isso e tal. Eles (pais) deveriam apenas encorajar mais e ser positivo”. Algumas atletas falaram que encorajar é o que mais é preciso durante o jogo, principalmente após um erro ou alguma jogada que deu errado. O que faz sentido, pois os atletas já estarão em um stress elevado, naturalmente os pais devem dar suporte nesse momento ao invés de elevar ainda mais o stress dos atletas.

Manter controle das emoções (36 atletas)

Todas as atletas relataram se sentir muito incomodas quando os pais simplesmente começam a “perder a cabeça” na arquibancada, seja com o jogo, árbitro ou com os outros pais. Não tem nem muito o que falar sobre isso, é fundamental que os pais fiquem tranquilos e sejam exemplos para seus filhos, um pai que briga, que discute, que fica nervoso por tudo está dizendo indiretamente para o atleta que ele pode fazer o mesmo.

O que NÃO fazer:

Não trazer atenção para si mesmo ou para sua filha (28 atletas)

Tem pais que fazem questão de falar: “Essa é a minha filha!!” ou ficar chamando ou gritando o nome do atleta por diversas vezes. Aparentemente as atletas odeiam isso, uma delas falou: “As vezes meu pai fica muito empolgado e grita, “essa é minha filha!!”, eu fico um pouco constrangida”. Os atletas querem que seus pais sejam discretos e que não tenha atitudes que constranjam, distraiam ou incomodem a atleta e o time. As vezes os pais ficam orgulhosos ou muito frustrados com seus filhos que eles precisam demonstrar isso de uma maneira que chame atenção, porém isso pode atrapalhar, pois irá deixar os atletas constrangidos. Então mais uma vez, é melhor ficar “de boa” e assistir ao jogo.

Ser técnico (29 atletas)

Provavelmente todo o treinador já passou por isso, quando um pai na arquibancada quer ser o técnico ou ficar instruindo seu filho ou até mesmo a equipe. Uma das atletas falou: “Eles (os pais) acham que são os técnicos, gritando o que você deve fazer, e as vezes é contraditório com o que o técnico está orientando. É estranho, eles agem como técnicos, quando na verdade esse não é o papel deles”. Outra atleta comentou: “Os pais querendo ser técnicos pode ser ruim por que o seu pai fala pra você fazer algo, mas o técnico está orientando outra coisa e você fica sem saber o que fazer”.

Mais uma vez, os pais devem apreciar e assistir ao jogo, quando o pai quer orientar durante o jogo, o atleta pode ficar confuso e ainda mais nervoso. Os autores do artigo orientam que quando o pai possui algum conhecimento na modalidade, por exemplo foi atleta ou técnico daquela modalidade, as orientações devem ser feitas antes ou após o jogo, nunca durante a partida, justamente para não gerar conflito e sobrecarregar o atleta com informação.

Discutir com o árbitro (31 atletas)

Isso é muito comum em praticamente todos os esportes. Porém, os atletas relataram como algo negativo, uma atleta falou: “Eu acho que é ok você discordar do juiz as vezes, mas aquilo tem que ficar por isso mesmo, e não ficar discutindo ou gritando com a arbitragem. É totalmente desrespeitoso, e me deixa com vergonha que eles (pais) estejam fazendo isso pelo nosso time”.

É natural a arbitragem cometer erros e muitas das vezes os pais perderem a paciência, mas os pais não devem em momento algum ficar incomodando a arbitragem ou incansavelmente reclamando. O árbitro é um ser humano e irá errar. Constantemente incomodar a arbitragem ensina para os filhos que você tem que acertar ou ganhar a todo custo, não importa os meios que você faça isso. Porém, não é isso que devemos ensinar aos atletas, na realidade, vai na contramão de todos os valores que o esporte ensina, como respeito, resiliência, obediência as regras etc.

Não perca a parte 2

Essa foi a parte 1, fique ligado para ver a continuação dessa matéria, onde iremos ver o que as atletas comentaram em relação aos comportamentos após os jogos, e ainda iremos ver como os técnicos esportivos percebem o comportamento dos pais na vida esportiva dos filhos.

Referências

1.         Knight CJ. Revealing Findings in Youth Sport Parenting Research. Kinesiology Review. 2019;8(3).

2.         Wuerth S, Lee MJ, Alfermann D. Parental involvement and athletes’ career in youth sport. Psychology of Sport and Exercise. 2004;5(1):21–33.

3.         Knight CJ, Neely KC, Holt NL. Parental behaviors in team sports: How do female athletes want parents to behave? Journal of Applied Sport Psychology. 2011;23(1):76–92.

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